Quando te afastaste, ou fui eu, não me interessa recordar-me de detalhes, deixei de ser o apêndice, deixei de entrar na equação diária dos nossos encontros, e dos deles. Surpresa estranha ao ser relegado a um plano fora do nosso cosmos. Ao perder a tua orbita, deixei de ser uma estrela. Tornei-me uma lua, cinzenta e morta aos olhos de todos aqueles que faziam parte do meu Mundo. Mas será que alguma vez foram parte do meu? Ou somente do teu?
Alguns ficaram, inabaláveis, e presentes. Esses eram meus, e teus. Eram nossos. Que convencido fui ao acreditar não neles mas em mim. Mas é tudo uma aprendizagem. Hoje ficaram muito poucos, deles não queres saber, alias, sempre quiseste saber de ti, e nunca dos outros, fúteis formas de vida que rodeiam a tua volta. Dos laços que nos uniam só existe agora a memória de outros tempos. Lembras-te? Ou também já te esqueceste?

Foto: http://www.entm.purdue.edu/EAB/images/Number%208%20dying%20ash%20trees.jpg
2 commentaires:
muito bom texto, curti.
bom texto sim senhor... :)
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